Guardo há muitos anos o gosto pelas montanhas. Isso nada tem a ver com desafios, superações, crenças, sensações ou com o próprio ato de subir. Muito menos tenho a vocação para monge ou eremita canditado a mestre perito da vida.
O que me atrai e fascina é a paisagem que se descortina a cada passo.
Tenho profunda veneração pela visão da imensidão dos vales, pela transparência das águas, e pelo infinito do horizonte. São coisas que se misturam e formam uma sinfonia que me invade e inunda de serenidade e quietude.
É andando entre elas que consigo sentir com mais clareza o cheiro da chuva, o gosto do molhado e o silêncio profano que balança suavemente a copa das árvores.
É entre elas que respiro o contraste do pouso das últimas gotas do sol em núvens brancas que mais parecem ao alcance da mão. É entre elas que um tipo de frio que aquece a alma borrifa de vermelho o céu azul.
Texto do amigo Luiz Aurélio Leite
Luiz tu es um poeta das montanhas... e curioso...tenho estes mesmos sentimentos em relaçao a imensidao das paisagens e do infinito horizonte.Te recomendo um nascer e um por do sol e noite de lua cheia, na cidade de Palmas-Parana, numa regiao chamada horizonte no inverno (1200 mts de altitude,o ceu ao alcance de sua mao...sem palavras...apenas ver e sentir...mais nada.
ResponderExcluirLuiz, já tentei explicar, pra mim mesmo, essa ânsia de buscar a imensidão disposta nas alturas de um pico. Nunca consigo explicar essa veneração. Sua palavras sintetizam bem esse sentimento.
ResponderExcluirUm abraço
André Dib