quinta-feira, 26 de julho de 2018

Fotografando em Paraty

Por Waldyr Neto - 


Paraty é uma daquelas cidades congeladas no tempo. De origens muito antigas, de meados do século XVII, teve seus tempos de prosperidade com a abertura do Caminho do Ouro, subindo o vale do Rio Mambucaba até a região do Vale do Paraíba. Por esse caminho passaram os produtos de consumo e escravos para as regiões agrícolas e de extração do ouro. No sentido inverso, descendo a serra, vieram o ouro e depois o café. Sua tradicional produção de aguardente também servia como moeda de troca no tráfico de escravos.

O Centro Histórico de Paraty, como conhecemos hoje, tem a maioria das construções datadas do século XIX, no Brasil Imperial e do ciclo do Café. Mas a igreja de Santa Rita e do Rosário foram construídas durante o ciclo do Ouro, no século XVIII.

A igreja de Santa Rita, uma das construções mais antigas de Paraty - foto de acervo

Em 1831 foi promulgada no Brasil a lei Feijó, proibindo o tráfico de escravos no Atlântico. Essa lei, criada por pressão dos ingleses, foi a origem da expressão "lei para inglês ver". O tráfico de escravos, a partir daí contrabando, continuou sendo a atividade econômica primordial de Paraty. 


Mas em 1850, com a lei Eusébio de Queirós, o tráfico de escravos foi definitivamente abolido no Brasil. Começa o declínio de Paraty... O casario do Centro Histórico ficou preservado pela pobreza, pela incapacidade de se reformar ou construir novos imóveis.

O resgate da cidade só acontece na segunda metade do século XX, com o turismo. Aos poucos o centro histórico foi sendo recuperado e o resultado é a Paraty que vemos hoje.

Casario da Rua do Rosário, do século XIX. Ao fundo a igreja do Rosário, bem mais antiga.

Já fazia algum tempo que eu queria revisitar Paraty, agora para fotografar e preparar um roteiro fotográfico. Queria passear pelas ruas sem expectativa ou planejamento, fotografando o que desse vontade de fotografar - paisagem, casario, pessoas, etc. Essa viagem acabou sendo também um divertido passeio em família.

Eu,  minha filhota Giovanna e minha esposa Gisele pelas ruas de Paraty

Nos dois dias em que ficamos lá madruguei e caminhei pelas ruas desertas para ver o dia nascer, fui atrás da maré alta, fotografei artistas de rua e me diverti um bocado...

Rua do Comércio ao amanhecer

Largo do Rosário

Barcos na Ponte do Cais

Luminária na Rua de Santa Rita

Igreja das Dores, onde existia uma antiga fortificação

O sorriso da Giovanna...

Amanhecer na Praia de Paraty

Artistas de Rua

Reflexos na Rua da Lapa

Esquina da Rua do Rosário com a Rua do Comércio

A Praia de Paraty ao amanhecer

Um retrato da Gisele...

A Rua da Lapa ao amanhecer, logo após a maré alta


A praia de Paraty ao amanhecer

Igreja de Santa Rita decorada para a festa

 
A Praça da Bandeira

Caminhando pela Praia com a Giovanna, clique da Gisele

Fazia tempo que eu não saia por aí clicando tudo, sem compromisso. A sensação é deliciosa... tem que andar atento, tem que estar de coração aberto para interagir com as pessoas, procurar enquadramentos criativos, abraçar o inesperado. E Paraty é um lugar perfeito para colher isso tudo.


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